“Esta fotografia representa […] a cerimónia do casamento dos meus pais. É […] composta por doze convidados adultos e mais dois adultos, que são os noivos, […]. É uma fotografia junto à porta principal da igreja de S. José, em Lisboa e foi tirada em 75 […]. Vemos por trás dos convidados e dos noivos, a porta da igreja principal, que está fechada. Nessa porta temos uma zona clara e uma zona escura, sendo que a zona escura faz uma diagonal de sombra […]. Os noivos, o meu pai e a minha mãe, estão a olhar um para o outro, não estão a olhar na direção do fotógrafo. Estão a sorrir. Do lado da minha mãe estão cinco adultos: […] a minha tia, o meu tio (irmão do meu pai), e a minha tia (irmã do meu pai), e também o meu outro tio, com duas crianças e a minha tia. Do lado do meu pai está também o irmão dele, em conjunto com a sua mulher, a minha avó, o irmão mais velho da minha mãe, estão mais duas crianças, e mais três convidados que eu não consigo identificar. Do lado superior direito desta fotografia, junto à parede, aparecem umas folhas que saem provavelmente de uma árvore que lá estaria. A parede da igreja acaba por ser […] muito clara, sendo que do lado direito a parede está muito mais viva, com muito mais luz porque é o lado que está ao sol, e do lado esquerdo […] está uma maior sombra. A fotografia cria quase como uma simetria […], sendo que o que divide a fotografia é a união das duas portas da igreja. Deveria ser uma altura de calor porque as pessoas estão vestidas com roupas frescas. O chão junto à porta da igreja é […] de calçada portuguesa que forma um semicírculo, com pedras mais claras e outras mais escuras […]. A minha mãe, na mão esquerda, tem as luvas que usou no casamento […]. Na mão direita segura um ramo de flores, tem um véu, está vestida totalmente de branco, e já fora da fotografia, temos uma inscrição, […] que deve representar a assinatura do fotógrafo que realizou este trabalho […].“